quinta-feira, 27 de abril de 2017

Língua Portuguesa - Xeque Mate - Romantismo.

                                             Soldado Ícaro.

1-ALA DE ENFERMARIA.

Estávamos no século XIV, onde estava acontecendo a guerra dos Cem Anos, era uma verdadeira cena do inferno, morte e sangue para todo lado, mas lá no meio, de todas aquelas almas perdidas e desesperadas, havia um soldado cujo nome era Icaro, corajoso, forte, e determinado a ganhar aquela batalha.
Quando percebeu que tudo havia acalmado um pouco, resolveu sair de sua posição e avançar, mas logo que saiu foi ferido, e caiu desacordado.
 Passou um tempo acordou em uma ala de enfermagem, onde assustado olhou para todos os lados, e logo avistou o que poderia mudar sua vida, uma mulher, com cabelos escuros como a noite, olhos azuis como o céu, pele branca como a neve, e logo de começo, Icaro começou a amar, foi amor à primeira vista, e como um homem de sorte, era ela quem iria cuidar dele

Suas feridas que antes o matavam de dor, agora pareciam arranhões perto da mulher amada, ele queria ela e somente ela, ambos trocavam olhares intermináveis, até que Icaro resolver dizer uma palavra, porém quando resolve dizer ela o impede, colocando sua mão sobre seus lábios. Foi assim que Icaro percebeu que o silencio era a melhor palavra, e aprendeu com Lavínia, a mulher que ele amava mais que tudo.
2. A ALTA.
Após um demorado e cansativo tratamento Icaro tem alta, o que para ele era horrível, quase morte, pois iria ficar longe da mulher amada. E antes que essa dor o consumisse ele resolve se declarar para Lavínia, seus olhos brilhavam mais que as estrelas de um céu a noite após uma enorme tempestade, ele estava paralisado, perdido nas emoções, confundido pelo momento. Mas todos seus enfermes passam quando descobre que o amor foi correspondido, ele estava mais que feliz que nunca.
Ele a convidou para tomar um café em uma taberna próxima dali, ambos encantos com a presença um do outro, era amor e era verdadeiro
Algumas semanas se passaram e como Icaro iria voltar a guerra em pouco tempo, decidiu pedir Lavínia em casamento, e ela como estava apaixonada acabou aceitando.
Faltando apenas uma semana para Icaro retornar a guerra, ambos aproveitavam o máximo que podiam juntos, mas como tudo na vida passa, a semana deles passou também.
Chegou o dia de retornar, se despediram as lagrimas, e juraram trocarem cartas, e manter o amor que ali existia.


3. NA GUERRA.
Alguns dias se passaram no campo de batalha e Icaro cada vez mais sofria pela separação, ate que no amanhecer no dia seguinte, a carta de sua amada chegou, e a alegria tomou conta de seus pensamentos.
Na carta havia declarações de amor, de Lavínia para Icaro, descrevendo a saudade que
batia em seu coração, e que aguardava sua volta.

Tempos se passaram, cartas que chegaram e a cada carta que havia chegado, Icaro percebia que algo estava errado.
Parecia que o amor que na primeira carta continha, não existiam mais, e assim continuou até que um dia, não veio mais nenhuma carta de sua amada.
O soldado não sabia mais, se deveria se preocupar com a batalha que acontecia dia após dia, ou com sua amada.
Passaram seis meses após a última carta e no entardecer do seu último dia na guerra ele recebe uma correspondência, uma correspondência de sua amada, e junto com ela veio um banho doloroso de água fria, nela continha palavras cortantes e difíceis de serem digeridas. Após lê-la, as lagrimas de tristeza tomaram conta do rosto de Icaro, ele sentiu vontade de morrer após saber que Lavínia o tinha trocado por um homem que não merecia a vida, muito menos ser amado. 
4. A TRAGÉDIA.
A guerra acabou, Icaro retornava à cidade onde tinha conhecido Lavínia, passou da taverna onde ele e Lavínia passaram um dos seus melhores momentos. Até que por uma ironia do destino os dois se encontram, ela de um lado do balcão com um homem e um menino em seu colo, e ele do outro lado sem esperança na vida.
Com raiva correndo em suas veias ele parte para cima do homem, que não tinha nenhuma chance contra um soldado treinado em guerra, Icaro tinha o sangue do homem em suas mãos e a vida também. Ele conhecia as consequências, mas não se importava, pois se ele não teria Lavínia, ninguém mais poderia ter.
Tempo se passou e Icaro tinha sido condenado a morte, ele não demonstrava nenhuma reação e nenhuma emoção, isso é, a vida para ele tinha perdido o sentido.